segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Febre amarela

FEBRE AMARELA -

Sorocaba foi pioneira na erradicação da doença


A febre amarela - que está de volta à mídia por novos casos registrados em todo o País -, foi a responsável pela morte de pelo menos 10% da população sorocabana na virada do século passado. Sorocaba é também parte importante na história da erradicação da doença, por ter sido aqui desenvolvida a tese de que o contágio se dava pelo mosquito Aedes aegypt, então conhecido como “stegônia”, e por ter servido de modelo para o Rio de Janeiro no tocante às técnicas modernas de saneamento adotadas, além de ter sido a primeira cidade do mundo a erradicar a febre amarela.

Conforme dados históricos contidos no livro “João de Camargo de Sorocaba”, escrito pelo médico psicoterapeuta José Carlos de Campos Sobrinho, o primeiro diagnóstico de febre amarela teria ocorrido exatamente no dia 23 de abril de 1897. O diagnóstico, que teria sido dado pelos médicos Álvaro Soares e Artur Martins, se referia aos integrantes da família alemã Razls, que residia na rua Brigadeiro Tobias, e era conhecida por ser dona de uma chapelaria. A citação sobre a descoberta da doença, conforme apurou o médico e historiador, teria sido escrita pelo também historiador Aluísio de Almeida.

Com o surgimento da doença, em meio a feira de muares, que trazia para Sorocaba - além dos tropeiros - comerciantes, artistas, prostitutas e marginais, a economia local começou a declinar. O grande reflexo foi sentido mais especificamente no comércio de animais, mas em 1899, quando a doença retornou com força ainda maior, somente as famílias de baixo poder aquisitivo permaneceram na cidade.

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