sábado, 6 de setembro de 2008

SERIA DIFERENTE?

Fazendo um exercício de imaginação, fico idealizando uma sociedade diversa dessa que vivemos. Pessoas com muito mais habilidades intuitivas, artistícas, espirituais e humanas, convivendo de forma pacífica, não sem conflito, mas convivendo harmoniosamente com as diferenças.
A questão é controversa e polêmica. Longe de querer entrar em debates filosóficos e ideológicos
entendo que o homem é resultado de uma série de interações. Há toda uma bagagem genética influenciando seu comportamento, mas a cultura e a sociedade em que vive influenciam e moldam profundamente sua maneira de ser e agir.
O modelo econômico que elegemos como o melhor , talvez o seja para muitos, mas a maioria está a margem de seus benefícios.
A pobreza não produz o criminoso, o doente, mas cria condições para que essas situações aflorem e se perpetuem em nossa sociedade.
Quando iniciamos uma nova turma na escola, crianças de 5º série, que invariavelmente acompanhamos até o final do Ensino médio, percebemos muitos talentos, muitas possibilidades, na maioria das vezes limitadas de florescer por questões financeiras. É claro que há exceções, jovens que se destacam pelo seu esforço e talento, mas são poucos em relação há tantos que passam pelos bancos escolares.
O modelo permite apenas a inclusão de alguns num patamar de excelência, talvez para se exorcizar de seus fantasmas.
Resta a nós esperar que surja uma nova cultura, mentalidades mais abertas que tenham a coragem de criticar o modelo existente e o tornar capaz de incluir o maior número possível de pessoas.
É só assim que teremos um ser humano mais completo, não apenas preocupado em consumir, em ser narcicista, egocêntrico, mas em estender horizontes, florescer e realizar sonhos não só seus, mas dos que estão ao seu redor. Talvez a maior satisfação que exista na vida , não seja somente realizar um sonho, mas ajudar outros a realizá-los

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