quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Nos próximos anos deveremos ouvir muito os termos “computação nas Nuvens “, “cloud computing ” e “SaaS – Software-as-a-Service “. O conceito é claro, cada vez mais as informações estarão disponíveis e mais pessoas terão acesso a essas informações, graças à disponibilização de muitos serviços on-line, muitos gratuitamente, e que devem baratear o preço dos computadores, inclusive, aumentando a presença on-line de pequenas empresas e fornecedores de serviços.
O conceito não é novo para quem trabalha com internet, mas ganha cada vez mais destaque com declarações da Google estar trabalhando na sua “computações nas Nuvens”. O termo refere-se à possibilidade de utilizarmos computadores menos potentes que podem se conectar à Web e utilizar todas as ferramentas on-line, seguindo o exemplo que o Google propõe com o Google Docs, Gmail e tantas outras aplicações. Assim, o computador seria simplesmente uma plataforma de acesso às aplicações, que estariam em uma grande nuvem – a Internet.
Vale lembrar, que como o termo não é nada novo, já existem vários sites que são praticamente sistemas operacionais on-line, além de muitos serviços que disponibilizam ferramentas fantásticas on-line. Exemplo recente da Adobe, que disponibilizou uma versão on-line do Photoshop.
O
Jornal da Globo fez uma reportagem tentando explicar o conceito e, ao visitar a sede do Google em Mountain View tornou-se a primeira equipe de TV sul-americana a conversar com Eric Schmidt – CEO do Google. Na conversa, Eric falou que o Google compra novas empresas na proporção de uma por semana e, ao ser perguntado sobre uma possível aquisição do Yahoo!, respondeu que não há planos de comprar gigantes, mas sim de pequenas empresas que oferecem serviços “revolucionários”.
Eric também “alfinetou” a Microsoft, falando que não tem medo da empresa de Bill Gates e que a empresa deve sofrer com a concorrência da “computação nas Nuvens” que deve crescer nos próximos anos e ir totalmente contra o conceito aplicado até hoje pela Microsoft. Segundo ele, o futuro está na internet, daí o interesse da Microsoft adquirir o Yahoo!.
Eric completou que o Google está trabalhando para esta “computação nas nuvens”, mostrando que a empresa tem interesse em disponibilizar cada vez mais informações e torná-las cada vez mais acessíveis, seguindo o lema da empresa e, lógico, ganhando mercado e fazendo
dinheiro com este público sedento por informações.

A ORIGEM DO BLUES


Blues
Informações gerais
Origens estilísticas
Negro spirituals, Canções de trabalho, folk
Contexto cultural
final do século XIX no sul dos Estados Unidos
Instrumentos típicos
guitarra, piano, harmônica, baixo, bateria, vocal, saxofone, Trompete, Trombone
Popularidade
generalizada desde o início do século XX.
Formas derivadas
Bluegrass, Jazz, Rhythm and blues, Rock and roll
Subgêneros
Boogie-woogie · Classic female blues · Country blues · Delta blues · Electric blues · Fife and drum blues · Jump blues · Piano blues
Gêneros de fusão
Blues rock · Jazz blues · Punk blues · Soul blues
Cenas regionais
African blues, British blues, Chicago blues, Detroit blues, Kansas City blues, Louisiana blues, Memphis blues, Piedmont blues, St. Louis blues, Swamp blues, Texas blues, Western blues
Outros tópicos
Músicos de blues, Blues scale
O blues é uma forma musical vocal e/ou instrumental que se fundamenta no uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos, evitando notas da escala maior, utilizando sempre uma estrutura repetitiva. Nos Estados Unidos surgiu a partir dos cantos de fé religiosa, chamadas spirituals e de outras formas similares, como os cânticos, gritos e canções de trabalho, cantados pelas comunidades dos escravos libertos, com forte raiz estilística na África Ocidental. Suas letras, muitas vezes, incluíam sutis sugestões ou protestos contra a escravidão ou formas de escapar dela.
O blues tem exercido grande influência na música popular ocidental, definindo e influenciando o surgimento da maioria dos estilos musicais como o jazz, rhythm and blues, rock and roll e música country, além de ska-rocksteady, soul music e influenciando também na música pop convencional e até na música clássica moderna.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

SOU PALMEIRAS HOJE E SEMPRE.

NÃO PODERIA DEIXAR DE EXTERNAR MINHA PAIXÃO PELO VERDÃO, MEU TIME DO CORAÇÃO E LÍDER MAIS QUE NUNCA!!!!

A Sociedade Esportiva Palmeiras é um clube poliesportivo brasileiro sediado em São Paulo que tem como modalidade esportiva principal o futebol. As cores do clube, presentes no escudo e bandeira oficial, são o verde e branco. O vermelho, presente desde sua fundação, foi excluído durante a Segunda Guerra Mundial, por pressão do governo nacional, na mesma reunião que formalizou a mudança de nome de Palestra Itália para Palmeiras. Em junho de 2009, ano em que completa 95 anos, o clube voltou a utilizar o vermelho em seu segundo uniforme, mais precisamente na manga da camisa branca, como forma de resgate das tradições.[1]

Seus títulos mais importantes conquistados no futebol foram a Copa Libertadores da América de 1999 e a Copa Rio de 1951, considerado na época como o primeiro Mundial de Clubes de futebol da história, embora não seja assim reconhecido pela FIFA, que em 15 de dezembro de 2007 divulgou comunicado oficial sobre o tema.[2]

O Palmeiras é a equipe brasileira com o maior número de títulos nacionais conquistados, juntamente com o Santos. Venceu todas as competições oficiais que disputou criadas no País, inicialmente pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e, a partir da década de 70, pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF)[3]. O alviverde possui dez conquistas deste porte, com destaque para os quatro títulos (1972, 1973, 1993 e 1994) do Campeonato Brasileiro, principal disputa do País desde 1971. Além do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras já venceu a Copa do Brasil de 1998, a Taça Brasil (1960 e 1967), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967 e 1969) e a Copa dos Campeões de 2000.

Em 1965, era inaugurado o Estádio Magalhães Pinto, o "Mineirão". Para coroar os festejos da inauguração, organizou-se um amistoso entre a Seleção BrasileiraUruguai e, pela primeira vez na história do futebol brasileiro, uma equipe de futebol, a Sociedade Esportiva Palmeiras, foi convidada para compor toda a delegação, do técnico ao massagista, do goleiro ao ponta-esquerda, incluindo os reservas. Uma primazia única em reconhecimento à melhor equipe do País, que vencia a todos os adversários e convencia, encantava de tal maneira que recebeu da imprensa e do povo a alcunha de "Academia de Futebol". A partida foi no dia 7 de setembro (data da independência brasileira), e o Palmeiras derrotou o Uruguai por 3 a 0.[4] e a do

No Estado de São Paulo, o Palmeiras também é um dos principais vencedores, com 22 conquistas do Campeonato Paulista de Futebol e mais dois títulos extras da mesma competição. Em 1996, o alviverde conquistou o estadual daquele ano[5]. Na ocasião, foi campeão com 83 pontos ganhos em 90 possíveis, com um índice de aproveitamento de 92,2% dos pontos disputados e 102 gols marcados em 30 jogos realizados. Desde então, esta marca jamais foi alcançada por qualquer outra equipe na competição. com a melhor campanha de uma equipe na era profissional neste campeonato

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domingo, 27 de setembro de 2009

ESTATUTO DO HOMEM


Ao vai alguns versos do poeta Thiago de Mello em seu belo" Estatuto do homem" Vale a pena conferir

Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.

Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.

Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.

Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.

INFRA SOM



O infra-som é utilizado como arma paralisante por grandes felinos. Hoje o exército dos EUA utiliza armas sonoras no Iraque. Acredita-se que é possível criar armas letais com sons ultra-graves e talvez os fantasmas de todo o mundo não passem de ilusão sonora e magnética. Descubra à seguir o espantoso poder do som sobre o organismo e psiquê humanos.

Na natureza

Momentos antes de desastres naturais como terremotos todos os animais desaparecem das redondezas. Na China, animais de zoológicos são vigiados por câmeras durante 24 horas por dia e comportamentos estranhos podem disparar alarme de terremoto. Eles são literalmente utilizados para prever desastres. Acredita-se que esse efeito nos animais seja causado pelo infra-som que pode viajar grandes distâncias, desde as placas tectônicas.

Tigres siberianos emitem juntamente com seus altos rugidos um infra-som -- sons inaudíveis para os humanos de freqüência ultra-grave -- que, segundo inúmeros testemunhos, paralisam os seres humanos, deixando-nos sem ação e mais susceptíveis de viramos o almoço destas bestas carnívoras.

Conheça o gigantesdo Tigre-Tubarão (é um tigre mesmo)



Os tigres não só emitem infra-som, mas o ouvem ou sentem. Possivelmente é algum tipo de comunicação ainda não bem decifrada entre estes felinos. Eles ouvem freqüências de até um hertz. Os humanos conseguem ouvir apenas vinte vezes isso.

Em um teste de grupo com voluntários, o infra-som emitido por um tigre siberiano causou sensação de ansiedade, perigo e medo em 95% das pessoas.

Cientistas utilizando detectores de infra-som conseguem “escutar” baleias azuis há milhares de quilômetros de distância e assim localizá-las. Sem este equipamento poderiam levar décadas sem que estes raros animais fossem sequer avistados. O canto grave é mais sensual tanto para humanos como para baleias azuis.

Elefantes conseguem escutar o infra-som transmitido através do chão com as unhas das patas e com suas trombas. Acredita-se que as ondas sejam enviadas através de seus corpos até seus ouvidos, que possuem uma membrana especial que se fecha aos sons externos. Eles também são capazes de emitir infra-sons para se comunicarem através de muitos quilômetros de distância.


Só mais cinco minutos, manhê (a 5km de distância)

Tecnologia

Foi criado um equipamento, utilizado pelo exército dos EUA no Iraque e por equipes da SWAT, que emite sons muito altos e direcionais, como holofotes. Isto é, o operador não é afetado pelo efeito da “arma” sônica. O Dispositivo Acústico de Longo Alcance (DALA) é utilizado para evacuar cavernas e mesquitas através do grande desconforto e dor que causa com sons direcionados de até 120 decibéis. Ele pode também desabilitar atiradores inimigos de maneira não letal.


Algumas pessoas parecem eternas . É o caso dos " jovens " abaixo, que apesar do consumo intenso de drogas continuam firmes. É inacreditável a capacidade do corpo humano.

Chuck Berrys (82 Anos)


Chuck Berry

Ainda na ativa, Chuck Berry tem um histórico que daria outra lista, senão vejamos:

  • Sua casa foi invadida pela polícia e ele acusado de tráfico de drogas. Apesar dos policiais encontrarem maconha, haxixe e filmes pornôs (?), as acusações não foram adiante.
  • No auge da fama, Chuck Berry passou várias vezes pela cadeia, por uso de drogas, sexo com prostitutas menores de idade e evasão de impostos.

David Crosby (68 Anos)

David Crosby

Ex-parceiro de Neil Young, David Crosby bateu alguns recordes durante duas décadas seguidas (70 e 80), chegando a ser preso por posse de heroína, cocaína, maconha e codeína. Você não entendeu, ele foi preso carregando todas essas drogas de uma única vez.

Como se não fosse o bastante, no momento dessa prisão ele aguardava o resultado de um processo por ter sido preso com cocaína.

Para finalizar, ele passou 9 meses em uma prisão texana, depois de fugir da reabilitação para onde havia sido enviado como opção à prisão.

Paul McCartney (67 Anos)

Paul Mccartney

Teve o visto para tocar no Japão negado, depois de duas prisões por posse de drogas na Europa.

Quando finalmente conseguiu permissão para entrar no país, foi preso ainda no aeroporto, por posse de mais de 200g de maconha.

Passou 10 dias em uma prisão japonesa e acabou sendo deportado, ficando proibido de colocar os pés em terras japonesas por mais de 10 anos.

Mick Jagger (66 Anos)

Mick Jagger

As fotos antigas dos Rolling Stones com seus narizes vermelhos não permitem nenhuma forma de negação, mas Mick Jagger foi além nas loucuras causadas pelas drogas…

Ou você acha que ter um filho com a Luciana Gimenez é algo que se faça de cara limpa?

Joe Cocker (65 Anos)

Joe Cocker
O show de Joe Cocker em Woodstock pode ser considerado um teste para descobrir quanta droga alguém pode consumir e ainda continuar de pé e cantando.

Seja qual for essa quantidade, o fato é que ele passou no teste.

Joe Cocker conseguiu a proeza de ser expulso da Austrália por causa do seu consumo de entorpecentes e, de quebra, abrir o debate sobre a legalização da maconha no país dos cangurus, tal o tamanho do protesto de seus fãs pelo episódio.

Keith Richards (65 Anos)

Keith Richards

Exemplo vivo do quanto o corpo humano pode se decompor em vida, Keith Richards é praticamente uma lenda urbana no quesito.

Dele já se falou que trocou todo o sangue para tentar se livrar da heroína e o próprio já afirmou ter cheirado as cinzas do próprio pai para ver se dava barato.

Uma das histórias mais divertidas, contada pelo próprio, passou-se na Holanda.

Richards e Jagger fizeram um tour pelos bares (aqueles) de Amsterdan e voltaram para o hotel naquela base.

De seu quarto, Jagger liga para o baterista Charlie Watts, que estava em outro quarto, perguntando “cadê o meu baterista”.

5 minutos depois Watts bate na porta e, após falar calmamente que não é baterista de ninguém, dá um soco tão forte em Mick que esse desliza sobre uma mesa e quase cai pela janela, direto no canal que passa abaixo.

Keith Richards diz que o segurou, salvando-o da queda possivelmente fatal, “porque ele estava usando o terno do meu casamento”.

David Bowie (62 Anos)

David Bowie

Foi preso por posse de maconha em 1976. Detalhe: meio quilo de maconha. Ele correu o risco de pegar 15 anos de prisão, mas as acusações foram retiradas.

Seu consumo compulsivo de cocaína teve grande influência em suas letras, ou você acha que Ziggy Stardust é sobre o quê?

sábado, 26 de setembro de 2009

A PARTÍCULA DE DEUS


Cientistas de três partes do mundo participam de uma corrida de bilhões de dólares para cruzar as fronteiras do conhecimento na área da física de partículas. A missão é decifrar os segredos da matéria escura e da "Partícula de Deus", uma partícula subatômica fundamental para o entendimento da natureza da matéria. Ela é tão difícil de se compreender que os físicos brincam afirmando que só pode ser comparada à divindade.

» Pesquisa lança luz sobre matéria escura

Na semana passada, um consórcio internacional anunciou em Pequim o desenvolvimento de um projeto para o mais caro acelerador de elétrons do mundo, o Colisor Linear Internacional (ILC, na sigla em inglês), com custo estimado em US$6,7 bilhões. Em um túnel duplo de 31 quilômetros de comprimento, os físicos de partículas farão colidir elétrons e seus opositores antimatéria, os pósitrons, a 500 bilhões de elétrons-volt.

O plano - que poderá ser ampliado para 50 quilômetros e um trilhão de elétron-volts - é arremessar as partículas a uma velocidade próxima à da luz. A colisão resultante poderá liberar matéria escura e energia escura, as substâncias invisíveis e enigmáticas que, juntas, acredita-se que componham 96% da massa do Universo.

Os estudos de engenharia para o ILC começarão no fim do ano, com a idéia de que uma decisão seja tomada em 2010 sobre prosseguir com a construção da máquina. Se tudo correr bem, as obras começarão em 2012 e o colisor sozinho estará funcionando no fim da próxima década. "O ILC provavelmente representa o máximo que se pode alcançar com esse tipo de tecnologia", disse Guy Wormser, chefe do Laboratório do Acelerador Linear francês, que participou do encontro em Pequim.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

VAMOS RIR UM POUCO?


Nem só de papo cabeça vive o blog do Celsão,Como sou professor numa escola pública, resolvi postar uma piada que tem a ver com esse ambiente :

Dedução

A professora dava uma aula onde explicava aos garotos, c#ja media de Idade era de 9 anos, o que significa a palavra "deducao", e como alguem deduz alguma coisa. Apos demorada e detalhada explicacao, perguntou a um aluno:
- Fabinho! De-me um exemplo de deducao.
- Ok professora. Ontem, quando cheguei em casa, olhei na garagem e so vi o Jaguar, entao eu deduzi: "papai foi trabalhar de rolls royce".
- Muito bem Fabinho. Agora você paulinho. Me de outro exemplo de deducao.
- É professora, eu tambem cheguei em casa ontem e vi o monza do papai na garagem, entao eu deduzi: "papai foi trabalhar de onibus".
- Muito bem Paulinho. Agora voce Zizinho me dê outro exemplo.
- Fessora, onte cando cheguei na favela, vi minha vó saindo do barraco com o jornal em baixo do braço. Ai eu deduzi: "deve tá indo caga, pruque ela num sabe lê!!!"

O GENE EGOISTA


Me agrada essa teoria do gene egoista de Dawkins. Quando a gente convive com as pessoas, até mesmo aquelas que se dizem "religiosas"tem atitudes que apesar de aparentemente parecer caridosa, traz sempre um 'Desejo de obter alguma vantagem" Abaixo uma sinopse do tema.

O Gene Egoísta é o livro em que Richard Dawkins apresenta uma teoria evolucionária que procura explicar a evolução das espécies na perspectiva dos genes e não na do indivíduo (geralmente, exacerbado em falsa importância pelo meio social economicista) ou da espécie (geralmente, exacerbada em falsa relevancia por meios sociais utópicos). Segundo a Teoria do gene egoísta, o gene é a unidade fundamental da evolução. Esta ideia põe cobro a algumas confusões que se criaram com o objectivo de explicar determinadas características físicas ou comportamentais dos seres vivos. Olhando-se para a evolução do ponto de vista do gene, é possível explicar mesmo fenómenos de selecção de grupo. Este livro também é notável por (re)introduzir o conceito de Meme.

Portal A Wikipédia possui o
Portal de Sociobiologia

O Conceito de máquina de sobrevivência abordado no livro, no entanto, não é originalmente de Dawkins, tendo base nos trabalhos pioneiros de G. Willians e Maynard Smith. O crédito é dado no próprio livro quando Dawkins deixa bem claro que a ideia original não é dele e que já existia e que só faltava cunhar-se o termo. A teoria de que o gene é mais importante do que o indivíduo que o transmite obriga a reavaliar os conceitos filosóficos, principalmente religiosos, que elegem o indivíduo como objetivo final da criação. O indivíduo seria, apenas, a "máquina de sobrevivência" dos genes.

Fonte Wikipédia

Elzéard Bouffier, “O Homem que plantava árvores

Algum tempo atrás postei algo a respeito, mas me sinto inspirado sempre que me deparo com essa história real de um homem simples, que alheio a guerras, problemas, espaço geográfico, propriedade, plantou milhares de árvores e com essa atitude mudou para sempre a sua história, da região e de centenas de pessoas a sua volta. Quem sabe , possamos nos sentir motivados a fazer dentro do nosso âmbito de atuação, o mesmo?
"Há três anos que plantava árvores nessa solidão. Já tinha plantado cem mil. Dessas cem mil, vinte mil tinham vingado. Dessas vinte mil contava ainda perder metade devido às tempestades e a tudo o que é impossível prever nos desígnios da Providência. Sobravam dez mil carvalhos que iriam crescer nesse lugar onde antes não havia nada. (...) Fiz-lhe notar que daí a trinta anos esses dez mil carvalhos seriam magníficos. Respondeu-me que, se Deus lhe desse vida, daí a trinta anos teria plantado tantas outras que essas dez mil seriam como uma gota de água no oceano. (...) Separámo-nos no dia seguinte. No ano a seguir houve a guerra de 14 na qual passei cinco anos. Um soldado de infantaria não pode pensar em árvores e para dizer a verdade a história não me tinha impressionado muito. Considerava aquilo uma patetice, ao mesmo nível de coleccionar selos, por exemplo, e não pensei mais nisso. (...) Eu tinha visto morrer demasiadas pessoas durante cinco anos para poder facilmente imaginar a morte de Elzéard Bouffier. Além disso, aos vinte anos pensamos em homens de cinquenta como velhos a quem só resta morrer. Este não tinha morrido, estava até bastante rijo. Tinha mudado de trabalho. Tinha agora só quatro carneiros e, em vez dos outros, arranjara uma centena de colmeias. Livrara-se dos carneiros que punham em perigo as plantações de árvores. Pois que a guerra, disse-me ele (e eu podia constatá-lo) não o havia incomodado; continuara imperturbavelmente a plantar. (...) Os caçadores que subiam aos ermos, à caça de lebres ou javalis tinham reparado na abundância de pequenas árvores mas julgavam tratar-se de um capricho da natureza e foi por essa razão que ninguém tocou na obra do homem. (...) A partir de 1920 nunca mais passei um ano sem ver Elzéard Bouffier. Jamais o vi fraquejar ou duvidar. E só Deus sabe, como até Ele próprio, por vezes não ajuda. (...) Em 1933 recebeu a visita de um guarda-florestal atarantado, que lhe disse que tivesse cuidado com o fogo, não fosse pôr em perigo o crescimento dessa floresta natural. Era a primeira vez que se via uma floresta a crescer sozinha, acrescentou este homem ingénuo. Por essa altura já o pastor ia plantar bétulas a doze quilómetros de casa. (...) Em 1935 uma verdadeira delegação administrativa veio admirar a “floresta natural”. Entre eles estava um alto funcionário responsável pelas Águas e Florestas, um deputado e vários técnicos. Fizeram-se discursos inúteis. Ficou decidido fazer-se qualquer coisa mas, felizmente para todos, ninguém fez nada a não ser a única coisa útil: pôr a floresta sob alçada do Estado e proibir que alguém viesse fazer carvão. (...) A obra só correu um risco sério durante a guerra de 1939. Como os automóveis na época andavam a gasogénio toda a madeira era pouca. Começou-se a cortar carvalhos plantados em 1910, mas essas paragens ficavam tão longe de todas as estradas que a empresa não revelou qualquer viabilidade financeira. O projecto foi abandonado. O pastor não tinha dado por nada. Encontrava-se a trinta quilómetros dali, e continuava tranquilamente com a sua tarefa tão ignorante da guerra de 39 como antes estivera da guerra de 14.(...)»

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

11 DE SETEMBRO CHILENO


Na minha escola aqui em Sorocaba, fizeram até um minuto de silêncio pelas vítimas dos atentatos de 11 de setembro nos Estados Unidos. De fato é uma pena que tantas pessoas inocentes tenham morrido . Quem deveria ter morrido no lugar delas deveriam ser os políticos americanos, seu aparato militar, os empresários que detem o poder bélico e tantos outros políticos dos países que apoiam os americanos em sua insana vontade de poder . Há uma outra história, muito mais horrorosa sendo contada todos os dias nos países pobres, pelas crianças que morrem, pelos bilhões de seres humanos que passam fome, pelos africanos que morrem a mingua de Aids, pelo planeta que sofre as consequências da ganância desses homens. Há também a história do 11 de setembro chileno:
A Batalha do Chile

Em 11 de setembro de 1973, há 36 anos, um golpe de Estado realizado pelas classes dominantes chilenas derrubou o governo da Unidade Popular, presidido por Salvador Allende. A ponta de lança do golpe foram as Forças Armadas sob a direção do general Pinochet, que teve o apoio do imperialismo, do governo dos EUA, e foi articulado e financiado pela CIA e pelas transnacionais norte-americanas. E contou também com o apoio dos governos ditatoriais latino-americanos, inclusive o Brasil, associados com o imperialismo norte-americano na "Operação Condor". O aparelho militar-policial do Estado chileno realizou um dos maiores banhos de sangue contra um povo nas últimas décadas na América Latina.

Durante o governo da Unidade Popular, eleito em 1970, intensifica-se a luta de classes no Chile, a luta antiimperialista e a mobilização popular pela reforma agrária e a nacionalização de empresas estrangeiras, como as minas de cobre. Houve uma significativa melhoria nas condições de vida dos trabalhadores, e os interesses econômicos da grande burguesia do país e das empresas imperialistas foram atingidos. Apoiados e incentivados pelo imperialismo norte-americano, as classes dominantes chilenas e as forças políticas reacionárias desencadeiam sabotagens, boicotes (como a conhecida greve dos caminhoneiros financiada pela CIA e transnacionais, como a ITT), gerando desabastecimento de gêneros de primeira necessidade, com intento de amedrontar e colocar a população, principalmente as camadas médias, contra o governo de Allende, com o objetivo de desestabilizá-lo, preparando as condições para o golpe.

A trilogia “A Batalha do Chile”, do cineasta Patricio Guzmán, é um documento histórico com imagens de época que resgata, por um lado, a experiência do governo de Salvador Allende, a crescente organização e mobilização popular, a participação destacada do proletariado e, por outro, toda a orquestração do golpe de Estado, com a cínica manipulação das camadas médias pelas forças mais conservadoras do Chile e pelo imperialismo. O documentário se constitui de uma apaixonada defesa da Unidade Popular, pois segundo Guzmán “O cineasta não é um observador neutro e desapaixonado da realidade. É um participante ativo.” e “No Chile, demoliu-se tão sistematicamente a imagem do governo Allende nos últimos 30 anos que tenho a impressão de que o filme é a única prova de que aquilo existiu”.

UM DOCUMENTÁRIO ESCLARECEDOR


Fahrenheit 9/11 é um documentário de 2004 escrito, estrelado e dirigido pelo cineastaestadunidense Michael Moore. Fala sobre as causas e consequências dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, fazendo referência a posterior invasão do Iraque liderada por esse país e pela Grã-Bretanha. Além disso, tenta decifrar os reais alcances dos vínculos que existiriam entre as famílias do presidente George W. Bush e a de Osama bin Laden.

O título do filme faz referência ao livro Fahrenheit 451 (233ºC, que representa a temperatura que arde o papel), escrito em 1953 por Ray Bradbury, e também aos atentados de 11 de setembro de 2001, já que "11/9" se escreve "9/11" nos países de língua inglesa.

Sugerindo "a temperatura que arde a liberdade", este documentário ressalta especificamente a relação entre a família Bush e pessoas próximas a ela, com membros de eminentes famílias da Arábia Saudíta (incluindo a família de Bin Laden) em uma relação que se estende durante mais de trinta anos, assim como a evacuação de familiares de Osama bin Laden organizada pelo governo de George W. Bush depois dos ataques de 11 de setembro. Se bem que essa relação de negócios entre os clãs Bush e Bin Laden não é discutida, a mesma não é amplamente conhecida.

A partir daí, o filme da pistas sobre as verdadeiras razões que tem impulsionado o governo Bush para invadir o Afeganistão em 2001 e Iraque em 2003, ações que, segundo Moore, correspondem mais a proteção dos interesses das indústrias petrolíferas norteamericanas que o desejo de libertar os respectivos povos ou evitar potenciais ameaças. O documentário insinua que a guerra com o Afeganistão não teria como principal objetivo capturar os líderes da Al Qaeda e sim favorecer a construção de um oleoduto, e que o Iraque não era no momento da invasão uma ameaça real para Estados Unidos senão uma fonte potencial de benefícios para as empresas norteamericanas.

Fonte - Wikipédia

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

REBELAR-SE-MUDAR OU SIMPLESMENTE ACEITAR?


Há uma oração muito difundida que diz mais ou menos assim" Senhor dai me forças para mudar o que pode e deve ser mudado, dai me serenidade para aceitar o que não pode ser mudado, e me dá sabedoria para discernir entre uma e outra situação".
De fato, há momentos em nossa vida que nos deixam angustiados. Quem sabe uma promoção que há muitos anos você vem tentando, tem trabalhado com afinco e determinação, fazendo tudo correto segundo seu ponto de vista e de repente .... seu chefe escolhe outra pessoa. Isto já aconteceu comigo. A dor é muito grande, ficamos desiludidos, mal humorados, desalentados. Parece que tudo acaba. A raiva, o ódio, querem tomar conta de nosso ser. E isso é perfeitamente normal porque somos seres humanos. Mas num momento desses tais emoçõe apesar de aparentemente nos permitirem extravassar , não nos trazem benefício algum. Tampouco uma situação de apatia e prostração. Se mudar é o melhor caminho, que se faça isso, mas muitas vezes como aconteceu comigo, a mudança trouxe um bem estar efêmero, porque na verdade aquela situação deveria ser melhor assimilada, ou seja eu devia te-la aceitado e procurado aprender mais com ela, para depois tomar uma decisão.
A aceitação muitas vezes é a decisão mais sábia a ser tomada, pois nos permite refletir sobre os acontecimentos e procurar uma saída , um caminho melhor mas com calma e determinação.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

PIRÃMIDES MAIAS SERVIAM DE 'INSTRUMENTO MUSICAL"


A descoberta da "música" de pingos de chuva em outra pirâmide sugere que, no mínimo, algumas das pirâmides no México foram deliberadamente edificadas com esta finalidade. Algumas das estruturas consistem em uma combinação de degraus e plataformas, enquanto em outras construções, como a de El Castillo, assemelham-se às pirâmides egípcias, com degraus semelhantes.
Pesquisadores encontraram familiaridade com os sons de pingos de chuva feitos a partir de passos na escada de El Castillo --uma pirâmide oca na península de Yucatán. Mas por que os degraus soam como isso e se o efeito era intencional são questões que permaneceram incertas.
Para investigar além disso, Jorge Cruz, da Escola Profissional de Engenharias Mecânica e Elétrica na Cidade do México, e Nico Declercq, do Instituto de Tecnologia da Georgia, compararam a frequência de sons feita pelas pessoas que subiram os degraus do El Castillo com aqueles que fizeram na sólida Pirâmide da Lua, em Teotihuacan, região central do México.
Em cada pirâmide, eles mensuraram os sons que ouviram próximos à base, quando um estudante subia o mais alto possível. Notavelmente, barulhos similares de pingo de chuva, com frequência semelhantes, foram registrados em ambas as pirâmides, sugerindo que, em vez do fato de El Castillo ser vazia, o barulho era provavelmente causado por ondas sonoras viajando entre os passos que batem na superfície enrugada, e que sofrem uma "quebra" (difração) --algo que, por sua vez, dão o "efeito especial" de pingos de chuva ao longo das escadas.
A pirâmide de El Castillo é o templo que se acredita ter sido dedicado ao deus-serpente Kukulcan. Mas Cruz indica que também pode ter sido um templo ao deus da chuva Chaac. Tanto em El Castillo quanto na Pirâmide da Lua é possível se deparar com uma máscara de Chaac. "Com alguma imaginação, as pirâmides mexicanas podem ser tidas como instrumentos musicais que remontam à civilização maia", observa Cruz, embora não haja evidência direta de que os maias realmente tinham este objetivo.
Francisco Estrada-Belli, um arqueólogo da Universidade de Boston, Massachusetts, afirma que "a maioria, se não todas, das pirâmides maias eram concebidas como montanhas sagradas, lugares onde as nuvens de chuva se recolhiam e se criavam". No entanto, embora a acústica pode ter enfatizado a metáfora da água, "o fato de que havia ecos em torno delas não significa que elas foram instrumentos musicais", diz ele, acrescentando que os textos maias não mencionam este uso.

GANHEI CORAGEM - RUBENS ALVES



Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece”, observou Nietzsche. É o meu caso. Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo. Por medo. Albert Camus, leitor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora em que a coragem chega: “Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos”. Tardiamente. Na velhice. Como estou velho, ganhei coragem.
Vou dizer àquilo sobre o que me calei: “O povo unido jamais será vencido”, é disso que eu tenho medo.
Em tempos passados evocava-se o nome de Deus foi exilado e o “povo” tomou o seu lugar: a democracia é o governo do povo... não sei se bom negócio; o fato é que a vontade do povo, além de não ser confiável, é de uma imensa mediocridade. Basta ver os programas de TV que o povo prefere.
A Teologia da Libertação sacralizou o povo como instrumento de libertação histórica. Nada mais distante dos textos bíblicos. Na Bíblia, o povo e Deus andam sempre em direção opostas. Bastou que Moisés, líder, se distraísse na montanha para que o povo, na planície, se entregasse à adoração de um bezerro de ouro. Voltando as alturas, Moisés ficou tão furioso que quebrou as tábuas com os dez mandamentos.
E a história do profeta Oséias, homem apaixonado! Seu coração se derretia ao contemplar o rosto da mulher que amava! Mas ela tina outra idéias. Amava a prostituição. Pulava de amante a amante enquanto o amor de Oséias pulava de perdão a perdão. Até que ela o abandonou... Passando muito tempo, Oséias perambulava solitário pelo mercado de escravos... E o que foi que viu? Viu a sua amada sendo vendida como escrava. Oséias não teve dúvidas. Comprou-a e disse: “Agora você será minha para sempre...”. Pois o profeta transformou a sua desdita amorosa numa parábola do amor de Deus.
Deus era o amante apaixonado. O povo era a prostituta. Ele amava a prostituta, mas sabia que ela não era confiável. O povo preferia os falsos profetas aos verdadeiros, porque os falsos profetas lhe contavam mentiras. As mentiras são doces; a verdade é amarga.
Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola com pão e circo. No tempo dos romanos, o circo eram os cristãos sendo devorados pelos leões. E como o povo gostava de ver o sangue e ouvir os gritos! As coisas mudaram. Os cristãos, de comida para os leões, se transformaram em donos do circo.
O circo cristão era diferente: judeus, bruxas e hereges sendo queimados em praças públicas. As praças ficavam apinhadas como o povo em festas, se alegrando com o cheiro de churrasco e os gritos. Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, no seu livro “O Homem Moral e a Sociedade Imoral” observa que os indivíduos, isolados, têm consciência. São seres morais. Sentem-se “responsáveis” por aquilo que fazem. Mas quando passam a pertencer a um grupo, a razão é silenciosa pelas emoções coletivas.
Indivíduo que, isoladamente, são incapazes de fazer mal a uma borboleta, se incorporados a um grupo tornam-se capazes dos atos mais cruéis. Participam de linchamentos, são capazes de pôr fogo num índio adormecido e de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival. Indivíduos são seres morais. Mas o povo não é moral. O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo.
Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os interesse da comunidade. É sobre esse pressuposto que se constrói o ideal da democracia.
Mas uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado. O povo é movido pelo poder das imagens, e não pelo poder da razão. Quem decide as eleições e a democracia são os produtores de imagens. Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista que produz as imagens mais sedutoras. O povo não pensa. Somente os indivíduos pensam. Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam a ser assimilados à coletividade. Uma coisa é o ideal democrático que eu amo. Outra coisa são as práticas de engano pela quais o povo é seduzido. O povo é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham.
Nem Freud, nem Nietzsche e nem Jesus Cristo confiavam no povo. Jesus foi crucificado pelo voto popular, que elegeu Barrabás. Durante a revolução cultural, na China de Mao-Tse-Tung, o povo queimava violinos em nome da verdade proletária. Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar.
O nazismo era um movimento popular. O povo alemão amava o Führer.
O povo, unido, jamais será vencido!
Tenho vários gostos que não são populares. Alguns já me acusaram de gostos aristocráticos... Mas, que posso fazer? Gosto de Bach, de Brahma, de Fernando Pessoa, de Nietzsche, de Saramago, de silêncio; não gosto de churrasco, não gosto de rock, não gosto de música sertaneja, não gosto de futebol. Tenho medo de que, num eventual triunfo do gosto do povo, eu venha a ser obrigado a queimar os meus gostos e engolir sapos e a brincar de “boca-de-forno”, á semelhança do que aconteceu na China.
De vez em quando, raramente, o povo fica bonito. Mas, para que esse acontecimento raro aconteça, é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo escute: “Caminhando e cantando e seguindo a canção...” Isso é tarefa para os artistas e educadores. O povo que amo não é uma realidade, é uma esperança.

COMO NASCEM OS PARADIGMAS

Um vídeo interessante que nos faz refletir sobre como se formam os paradigmas(visão de mundo) , nas pessoas e na dificuldade que temos em superar alguns conceitos.

domingo, 20 de setembro de 2009

A DOR DO NÃO VIVIDO



Que grande verdade nos diz Drummond nestes versos. Eu mesmo sinto muitas vezes uma certa angústia pelas coisas que não chegaram a ser, que ficaram apenas em minhas fantasias e imaginação. Talvez como disse o poeta , a única maneira de conseguir vencer esse sentimento é se iludir menos, viver mais, usar o melhor de nossas forças , amar mais, A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional.

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advêm das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.

Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos,
por todos os filhos que
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados pela eternidade.

Sofremos não porque
nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o
desperdício da vida
está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e de que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

UM VELHO PINHEIRO


Um velho Pinheiro…

Um dia, diante de uma velha árvore torta, um pinheiro todo vergado pelo tempo, o sábio da aldeia ofereceu a sua própria casa para aquele discípulo que “conseguisse ver o pinheiro na posição correta“.

Todos se aproximaram e ficaram pensando na possibilidade de ganhar a casa e o prestígio, mas como seria “enxergar o pinheiro na posição correta“?

O mesmo era tão torto que a pessoa candidata ao prêmio teria que ser no mínimo contorcionista.

Ninguém ganhou o prêmio e o velho sábio explicou ao povo ansioso, que ver aquela árvore em sua posição correta era “vê-la como uma árvore torta“.

Só isso!

Nós temos em nós, esse jeito, essa mania de querer “consertar as coisas, as pessoas, e tudo mais” de acordo com a nossa visão pessoal.

Quando olhamos para uma árvore torta é extremamente importante enxergá-la como árvore torta, sem querer endireitá-la, pois é assim que ela é.

Se você tentar “endireitar” a velha árvore torta, ela vai rachar e morrer….
… por isso é fundamental aceitá-la como ela é.

Nos relacionamentos é comum um criar no outro expectativas próprias, esperar que o outro faça aquilo que ele “sonha” e não o que o outro pode oferecer.

Sofremos antecipadamente por criarmos expectativas que não estão alcance dos outros.

Porque temos essa visão de “consertar” o que achamos errado.

Se tentássemos enxergar as coisas como elas realmente são, muito sofrimento seria poupado.

Nos relacionamentos é comum um criar no outro expectativas próprias, esperar que o outro faça aquilo que ele “sonha” e não o que o outro pode oferecer.

Sofremos antecipadamente por criarmos expectativas que não estão alcance dos outros.

Porque temos essa visão de “consertar” o que achamos errado.

Se tentássemos enxergar as coisas como elas realmente são, muito sofrimento seria poupado.

Os pais sofreriam menos com os seus filhos, pois conhecendo-os, não colocariam expectativas que são suas, na vida dos mesmos, gerando crianças doentes, frustradas, rebeldes, e até vazias.

Tente, pelo menos tente, ver as pessoas como elas realmente são, pare de imaginar como elas deveriam ser, ou tentar consertá-las da maneira que você acha melhor.

O torto pode ser a melhor forma de uma árvore crescer.

Não crie mais dificuldades no seu relacionamento, se vemos as coisas como elas são, muitos dos nossos problemas deixam de existir, sem mágoas, sem brigas, sem ressentimentos.

E para terminar, olhe para você mesmo com os “olhos de ver” e enxergue as possibilidades, as coisas que você ainda pode fazer e não fez. Pode ser que a sua árvore seja torta aos olhos das outras pessoas, mas pode ser a mais frutífera, a mais bonita, a mais perfumada da região, e isso, não depende de mais ninguém para acontecer, depende só de você.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ACEITAÇÃO INCONDICIONAL




Somos seres sociais já diziam os filósofos de antigamente, e a ciência psicológica confirma isso todos os dias. O ser humano não nasceu para estar sozinho neste mundo, mas procura pessoas parecidas consigo mesmo para relacionar-se. Nossos relacionamentos são pautados em sua grande parte por afinidades que temos com outros que estão ao nosso redor , e procuramos evitar pessoas que percebamos que não se " encaixam" em nosso modo de viver e perceber o mundo.
A Bíblia e a grande maioria dos livros e ensinamentos sagrados, ensina que é fácil amar pessoas parecidas conosco, mas o grande desafio, talvez uma utopia no meu ponto de vista seja amar, respeitar, dar atenção aquelas pessoas que são consideradas de díficil convivência
E assim caminha a humanidade. Grandes discursos sobre convivência, amor, respeito, diversidade muitos livros de auto-ajuda são escritos , mas quando temos que praticar toda essa teoria , parece que os sentimentos não correspondem ao que queremos fazer . E quase sempre desistimos e continuamos naquele círculo vicioso de manter nossos esquemas.
Penso que temos de fazer um esforço, temos que abraçar essa utopia de compreender o outro e tentar uma convivência pacífica com a diferença. É claro que é muito mais fácil e comodo excluir, cortar, extirpar aquilo que não nos agrada, que nos é estranho. | Quantas vezes em minha experiência como professor ignorei alunos que no meu modo de ver não queriam aprender, quantas vezes como pai quiz que meus filhos sempre fossem obedientes......

CERVEJA PARA TODOS OS GOSTOS


A Copa do Mundo é sagrada para os alemães, ninguém discute. Mas tão sagrada quanto a Copa é seu paraíso de cervejas, o maior do mundo. Só no primeiro semestre do ano passado, os alemães consumiram 44 milhões de hectolitros. O equivalente a 4,4 bilhões de litros, abastecidos por 1.200 cervejarias e cinco mil marcas. Um show. O Brasil oferece pouco destas preciosidades, mas recebeu há pouco tempo a Weihenstephaner, produzida pela mais antiga cervejaria do mundo, nascida em 1040. Fundada por monges beneditinos, esta tradicional cerveja está localizada no topo da colina Weihenstephan, na cidade bavara de Freising. Para facilitar a pronúncia de seqüência de consoantes, melhor é pedir “Stephani”. No Brasil, custa em torno de R$ 12 a garrafa de 500 ml. É turva e natural, de trigo, com fragrância e paladar de leveduras especiais.

As cervejas alemãs têm história e suas cervejarias não abrem espaço para ninguém. Seus donos são tão rigorosos – e espertos – que conseguiram impedir que a americana Budweiser aparecesse na Copa. Seria um desaforo para o paraíso das cervejas, que tem até colecionadores de latinhas, garrafas, bonés, camisetas e emblemas das marcas produzidas no país. Os alemães levaram a cerveja até a gastronomia, dos pratos principais à sobremesa. Dependendo da região, “ela” aparece em omeletes, assados, cozidos e até em bolos.




É uma loucura cujos ingredientes foram descobertos por volta de 4000 antes de Cristo pelos sumérios, um povo que habitava a região entre os rios Tigre e Eufrates e usava cereais e levedura para fazer pães. O Egito ainda mantém o sistema produzindo a Bouza, uma cerveja rústica. Desde aquela época as pessoas já saboreavam uma bebida fermentada. Acredita-se que a fórmula das cervejas alemãs teria sido inspirada nessas receitas milenares. E, pelo perfil da personalidade de seu povo, não dá para desconfiar de que é


marketing” afirmar que suas cervejas seguem a “lei da pureza”, de 1516, em que se determina que apenas malte, lúpulo e água podem ser usados na produção de cerveja, tradição que passa de século a século, como contam os jovens empresários Maurício Nogueira e Gustavo N. Sanches, da On Trade, que trouxeram a cerveja mais antiga do mundo, a Stephani.

Tem cerveja para todos os gostos. E sua classificação não se dá apenas pelas cores, sabores, aromas, mas também pelo teor alcoólico e pelo tempo de fermentação. Tem até para quem quer um produto absolutamente sem álcool da categoria da “alkoholfreis”, em que o teor alcoólico não pode passar de 0,5%. Bom mesmo é beber na Baviera, o paraíso das cervejarias ao ar livre (Biergärten), que estarão a mil por hora. O cliente pede “uma” e com certeza receberá a Weissbier, aquela cerveja que chega em copos de meio litro. A única dificuldade por lá vai ser pronunciar o nome da cerveja desejada. O idioma alemão é também um paraíso – das consoantes.

AUTOESTIMA

Declarações de livros de autoajuda, como "vou ter sucesso" ou "sou uma pessoa adorável", podem surtir efeito negativo em pessoas com baixa autoestima. A constatação vem de um estudo americano publicado neste mês na revista "Psychological Science".
Os pesquisadores pediram a participantes com alta e baixa autoestima que repetissem a frase "sou uma pessoa adorável" e, depois, mediram o humor e o que sentiam sobre si mesmos. Aqueles com baixa autoestima se sentiram ainda pior após repetir as frases.
Em um estudo posterior, os participantes listaram pensamentos negativos e os positivos sobre si. Os psicólogos observaram que os voluntários de baixa autoestima se sentiam melhor quando podiam ter pensamentos negativos do que quando focavam exclusivamente em ideias positivas.
Para os especialistas, pensamentos positivos podem provocar sentimentos contraditórios em pessoas com baixa autoestima. Ao ter de pensar positivamente, pode-se considerar os pensamentos negativos ainda mais desanimadores.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

PÉ NA BUNDA VIRTUAL


Se centenas de pessoas podem encontrar sua cara-metade na internet, por que algumas não teriam o direito de se separar virtualmente? Um projeto de lei da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE) prevê que os casais sem filhos menores de idade possam pedir divórcio pelo computador.
“Estamos pondo a separação na modernidade. A justiça tem que chegar ao mundo da internet”, diz o senador Flávio Torres (PDT-CE), suplente de Patrícia Saboya. A senadora está tirando uma licença de quatro meses por problemas nas cordas vocais.
Segundo o projeto, a separação online só vai servir para os casos de separação amigável e consensual. Na petição enviada ao juiz pela internet, deverá estar descrita a partilha de bens, a pensão alimentícia e o pedido de mudança de nomes.
O Projeto de Lei do Senado nº 464/2008 foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da casa. Para virar lei, ele ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados. “O divórcio pode perfeitamente ser feito pela internet, diminuindo custos e simplificando o processo”, afirma Flávio Torres.
Além de acelerar o processo, a lei deverá facilitar a vida de casais que se separam e vão morar em cidades, estados e até países diferentes. Flávio Torres diz que uma vantagem também será evitar o encontro de pessoas que não queiram mais se ver: “A lei vai diminuir muito o constrangimento. É um instrumento para o casal levar uma vida nova.”

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

OS DEZ MANDAMENTOS DO PROFESSOR

Como professor , não posso deixar de postar assuntos relacionados a educação. Acredito que matérias como essa podem fazer com que reflitamos mais a respeito de nossas possibilidades como educadores.

DEZ MANDAMENTOS DO PROFESSOR"Leandro Karnal


Primeiro CORTAR O PROGRAMA!Quase todas as disciplinas foram perdendo aulas ao longo das décadas anteriores. Não obstante, os programas nem sempre acompanharam estes cortes. Pergunte-se: isto é realmente importante? Este conteúdo é essencial? Não seria melhor aprofundar mais tais tópicos e menos outros? Se a justificativa é a pressão do vestibular, ela não pode ocupar 11 anos de Ensino Médio e Fundamental. Se a justificativa é uma regra da escola ou um coordenador obsessivo, lembre-se: o Diário de Classe sempre foi o documento por excelência do estelionato. A coragem da grande tesoura é essencial. Dar tudo equivale a dar nada. Ensinar a pensar não implica esgotar o conhecimento humano.

Segundo SEMPRE Partir do aluno!Chega de lamentar o aluno que não temos! Chega de lamentar que eles não lêem, a partir de uma nebulosa memória do aluno perfeito que teríamos sido (nebulosa e duvidosa). Este é o meu aluno real. Se, para ele, Paulo Coelho é superior a Machado de Assis e baile Funk é superior a Mozart, eu preciso saber desta realidade para transformá-la. Se ele é analfabeto devo começar a alfabetizá-lo. Se ele está no Ensino Médio e ainda não domina soma de frações de denominadores diferentes devo estar atento: esta é minha realidade. A partir do zero eu posso sonhar com o cinco ou seis. A partir do imaginário da perfeição é difícil produzir algo. A Utopia, desde Platão e Thomas Morus, tem a finalidade de transformar o real, nunca de impossibilitá-lo.

Terceiro Perder o fetiche do texto!Em todas as áreas, em especial nas humanas, os alunos são instigados quase que exclusivamente ao texto. Num mundo imerso na imagem e dominado por sons e cores, tornamos o texto central na sala de aula. Devemos estar atentos ao uso de imagens, música, sensorialidades variadas. O texto é muito importante, nunca deve ser abandonado. Porém, se o objetivo é fazer pensar, o texto é apenas um instrumento deste objetivo maior. Há pessoas que pensam e nunca leram Camões e há quem saiba Os Lusíadas de cor e não pense... Lembre-se de que há outros instrumentos. A sedução das imagens deve ser uma alavanca a nosso favor, nunca contra. Usar filmes, propagandas, caricaturas, desenhos, mapas: tudo pode servir ao único grande objetivo da escola: ajudar a ler o mundo, não apenas a ler letras.

Quarto Possibilitar o Caos Criativo.Fomos educados a um ideal de ordem com carteiras emparelhadas e, mesmo no fundo do nosso inconsciente, este ideal persiste. Qual professor já não teve o pesadelo de perder o controle total de uma sala, especialmente na noite mal dormida que antecede o primeiro dia de aula? Devemos estar preparados para o caos criador e para o lúdico. Alunos andando pela sala, trocando fragmentos de textos ou imagens dados pelo professor, discussões, encenações, o professor recitando uma poesia ou mandando realizar um desenho: tudo pode ser canal deste lúdico que detona o caos criativo. Surpreenda seus alunos com uma encenação, com um silêncio, com um grito, com uma máscara. Uma sala pode estar em ordem e ninguém aprendendo e pode estar com muitas vozes e criando ambiente de aprendizado. Lembre-se o silêncio absoluto é mais importante para nós do que para os alunos. É difícil vencer a resistência dos colegas e da própria escola a isto. Lógico que o silêncio também deve ser um espaço de reflexão, mas é possível pensar que há valor num solo gentil de flauta, numa pausa ou num toque retumbante de 200 instrumentos.

QUINTO Interdisciplinar!Assim mesmo, entendido o princípio como um verbo, como uma ação deliberada. É fundamental fazer trabalhos com todas as áreas. Elaborar temas transversais como o MEC pede e, ao mesmo tempo, libertar o aluno da idéia didática das gavetas de conhecimento. Não apenas áreas afins (como História e Geografia) mas também Literatura e Educação Física, Matemática e Artes, Química e Filosofia. É preciso restaurar o sentido original de conhecimento, que nasceu único e foi sendo fragmentado até perder a noção de todo. O profissional do futuro é muito mais holístico do que nós temos sido até hoje

.Sexto Problematizar o conhecimento.Oferecer ao aluno o cerne da ciência e da arte: o problema. Não o problema artificial clássico na área de exatas, mas os problemas que geraram a inquietude que produziu este mesmo conhecimento A chama que vivou os cientistas e artistas é transmitida como um monumento inerte e petrificado. Mostrem as incoerências, as dúvidas, as questões estruturais de cada matéria. Mostrem textos opostos, visões distintas, críticas de um autor ao outro. Nunca fazer um trabalho como: "O Feudalismo" ou "O Relevo do Amapá"; mas problemas para serem resolvidos. Todo animal (e, por extensão, o aluno) é curioso. Porém, é difícil ser curioso com o que está pronto. Sejamos francos: se é tedioso ler um trabalho destes, qual terá sido o tédio em fazê-lo?

Sétimo Variar avaliações.Provas escritas são válidas, como a vitamina A é válida para o corpo humano. Porém, avaliações variadas ampliam a chance de explorar outros tipos de inteligência na sala. As outras avaliações não devem ser vistas como um trabalhinho para dar nota e ajudar na prova, mas como um processo orgânico de diminuir um pouco a eterna subjetividade da avaliação.Oitavo

USAR o MUNDO NA SALA DE AULA!O mundo está permeado pela televisão, pela Internet, pelos jornais, pelas revistas, pelas músicas de sucesso. A escola e a sala de aula precisam dialogar com este mundo. Os alunos em geral não gostam do espaço da sala porque ele tem muito de artificial, de deslocado, de fora do seu interesse. Usar o mundo da comunicação contemporânea não significa repetir o mundo da comunicação contemporânea; mas estabelecer um gancho com a percepção do meu aluno.Nono Analisar-se pessoalmente!A primeira pessoa que deve responder aos questionamentos da educação é o professor. Somos nós que devemos saber qual o motivo de dar tal coisa, qual a relevância, qual a utilidade de tal leitura. O professor é o primeiro que deve saber como tal ciência transformou a sua vida. Isto implica fazer toda espécie de questão, mesmo as incômodas. Se eu não fico lendo tal autor por prazer e nem o levo aos meus passeios como posso exigir que um jovem ou uma criança o façam? Qual a coerência do meu trabalho? Minha irritação com a turma indisciplinada é uma espécie de raiva por saber que eles estão certos? Minha formação permanente me indica novos caminhos? Estou repetindo fórmulas que deram certo quando eu era aluno há 20 ou mais anos? É necessário um exercício analítico-crítico muito denso para que eu enfrente o mais duro olhar do planeta: o do meu aluno.Décimo

Ser paciente!Hoje eu acho que ser paciente é a maior virtude do professor. Não a clássica paciência de não esganar um adolescente numa última aula de sexta-feira, mas a paciência de saber que, como dizia Rubem Alves, plantamos carvalhos e não eucaliptos. Nossa tarefa é constante, difícil, com resultados pouco visíveis a médio prazo. Porém, se você está lendo este texto, lembre-se: houve uma professora ou um professor que o alfabetizou, que pegou na sua mão e ensinou, dezenas de vezes, a fazer a simples curva da letra O. Graças a estas paciências, somos o que somos. O modelo da paciência pedagógica é a recomendação materna para escovar os dentes: foi repetida quatro vezes ao dia, durante mais de uma década, com erros diários e recaídas diárias. As mães poderiam dizer: já que vocês não querem nada com o que é melhor para vocês, permaneçam do jeito que estão que eu não vou mais gritar sobre isto (típica frase de sala de aula...). Sem estas paciências, seríamos analfabetos e banguelas. Não devamos oferecer menos ao nosso aluno, especialmente ao aluno que não merece nem quer esta paciência - este é o que necessita urgentemente dela. O doente precisa do médico, não o sadio. O aluno-problema precisa de nós, não o brilhante e limpo discípulo da primeira carteira.Para encerrarHá alguns anos eu falava de alguns destes princípios e uma senhora redargüiu dizendo que ela fazia tudo isto e muito mais e, mesmo assim, os alunos estavam cada vez piores e com menos resultados. Olhei para esta professora e senti nela o reflexo de meus cansaços também. A única coisa que me ocorreu lembrar é uma alegoria, com a qual encerro este texto:Na nossa cultura há um modelo de professor: Jesus. A maioria absoluta das pessoas no Brasil é cristã, mas a alegoria serve também para os que não são. Tomemos a história de Jesus independente da nossa orientação religiosa. Comparemos: Jesus teve 12 alunos escolhidos por ele! Eu tenho 30, 60, 100, escolhidos por um rigoroso processo de seleção: inscreveu, pagou, entrou. Jesus teve alunos em tempo integral por três anos: eu tenho por duas ou quatro aulas semanais, por um período mais curto. Os alunos de Jesus deixaram tudo para segui-lo, o meu não deixa quase nada e não quer acompanhar nem meu pensamento, quanto mais minhas propostas existenciais. Fiel aos novo ditames do MEC, Jesus deu um curso superior em três anos. Para quem acredita, Ele fazia milagres, coisa que nós certamente não fazemos naquele sentido. A aula, de Jesus, assim, era reforçada por work-shops. A auto estima e a confiança de Jesus era enorme: o cara simplesmente dizia que era o Filho de Deus, que ressuscitava mortos, andava sobre as águas, passava quarenta dias sem comer e não tinha medo de ninguém. Eu não tenho esta convicção. Melhor: as aulas eram ao ar livre, sem coordenação, sem direção, sem colegas e os pais dos alunos não apareciam para reclamar! Bem, após 3 anos de curso intenso com todos estes reforços, chegou a prova final. Na agonia do Horto os três melhores alunos dormiram, quando o Mestre estava chorando sangue. O tesoureiro da turma denunciou o professor à Delegacia de Educação por 30 moedas.O líder da classe, Pedro, negou que tivesse tido aula por três vezes diante da supervisora de ensino: nunca vi este cara antes... Outros nove fugiram sem dar notícia e não compareceram à prova final: o Calvário. O mais novo e bobinho, João, foi até lá, mas não fez nada para impedir que os guardas matassem o professor. Se considerarmos João, com boa vontade, o único aprovado, teremos uma média de êxito de 8.33%, baixa demais para os padrões das Delegacias de Ensino e alvo de demissão sumária por justa causa. O professor morreu e, para quem acredita, voltou para uma recuperação de férias. Reuniu os reprovados e disse: mais uma chance. Um dos alunos, Tomé, pediu para colocar o dedo no diploma do professor para ver se era de verdade. Primeira pergunta do líder da turma, Pedro: "Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?" Ou seja, o melhor aluno não aprendeu nada! Esta pergunta mostra o oposto da aula dada, pois ele achou que o curso tinha sido sobre política e, na verdade, tinha sido sobre Teologia... Objetivos não atingidos: 100%! Novos milagres, mais 40 dias de feedback, apostilas, recuperação, reforço de férias. Final de curso pirotécnico: subiu ao céu entre nuvens e anjos assistentes-pedagógicos disseram que o mestre tinha ido para a sala dos professores eterna e não mais voltaria.O curso estava encerrado, todas as lições tinham sido dadas para aquela nata de 11 homens. O que eles fizeram? Foram se esconder numa casa, todos apavorados. O mestre mandou um módulo auto-instrucional de reforço, o Espírito Santo, um anabolizante. Só então, com uma força externa, eles começaram a entender, e finalmente tiveram aquela famosa reação bovina: HUMMMM...Bem, eu disse à professora que me questionava: se Jesus teve tantos insucessos apesar de condições tão boas, a senhora quer ser mais do que Ele? Hoje eu diria para qualquer profissional: faça o máximo, mas apenas o máximo, e deixem o resto por conta do resto. A frase parece autista, mas é muito importante. Nós temos um limite: a vontade do aluno, da instituição e da sociedade como um todo. Não transformamos nada sozinhos, mas transformamos. O primeiro passo é a vontade. O segundo começa daqui a pouco, naquela sala difícil, com aquela turma sentada no fundo e naqueles angustiantes dez minutos que você vai levar para conseguir fazer a chamada... Vamos lá?