segunda-feira, 23 de abril de 2012

QUANDO NÃO HÁ PEDRAS SUFICIENTES!!!





Como a vida passa rápida!! Ainda me lembro de quando criança gostava de brincar no quintal de minha casa,num grande barranco que havia ali, e ficava manhãs inteiras entretido em meus devaneios.
Ou ainda jovem, aquela idéia de mudar o mundo, de ser a diferença, de acreditar sempre....
Tudo foi passando. Mas muitas coisas deixaram cicatrizes profundas, marcas que até hoje são sentidas na alma.
Penso que conseguimos perdoar as pessoas, mas nunca esquecemos aquilo que nos fazem de mal. É como uma cicatriz mesmo. Ela não dói , mas para sempre fica exposto a marca do sofrimento.
Isso me faz lembrar de um filme lindo que assisti. Chamava-se Forrest Gamp, o Contador de Histórias. No filme, há uma bela jovem , namorada de Forrest que sofreu muito nas mãos do pai na infância. Parece que sua vida foi uma extensão daqueles momentos infelizes.
Depois de muitos anos , reencontra Forrrest e vão passeando pela cidade, até que chegam próximo da casa que ela morara na infância .
Subitamente, a jovem começa a pegar pedras no chão e jogar furiosamente contra a casa... E jogando as pedras, amargurada começa a chorar... até que em determinado momento ela se queda ao chão em prantos. Então Forrest fala “ As vezes, não há pedras suficientes”
A metáfora cabe muito bem em nossa vida. Passamos pela existência, deixamos nossas marcas, mas somos  marcados.... E essas cicatrizes as vezes ficam latentes em nós....
E muitas vezes não há pedras suficientes para lançarmos em nossas más lembranças, em nosso sofrimento.....
Na forma como creio, entendo que Deus, essa Energia de Amor que perspassa o mundo, não quer que fiquemos prostrados ao chão, sem pedras para lançar.... Aliás nem precisamos jogar pedras, pois seu Amor para conosco cicatriza qualquer ferida.

Muitas vezes precisamos de uma cura não no corpo, mas em nosso íntimo, em nossa alma

Um comentário:

Charles Netto disse...

Belíssimo post e concordo em gênero e número com sua conclusão onde reescrevo aqui bem assim: "Muitas vezes precisamos de uma cura não no corpo, mas em nosso íntimo, em nossa alma"