Temos visto em nossa sociedade uma certo receio em relação a tudo que é velho. Na verdade o termo passou a ser sinônimo de algo ultrapassado, sem valor, que deve ser descartado.
Vivemos na cultura do presente, onde o que importam são as realizações que fazemos agora, o que fizemos já não basta... É aquele célebre ditado " matar um leão por dia".
É uma visão voltada ao mercado, a empresas que precisam inovar e na ânsia de oferecer o novo, relegam o velho ao esquecimento.
Isso contamina também os aspectos humanos. O mercado de trabalho quase sempre prefere os mais jovens, por acreditarem que esses tem mais facilidade de aprendizado, são mais fáceis de liderar, não trazem " vícios" portanto podem ser moldados as características que a empresa exige.
Nas famílias, os mais velhos são vistos muitas vezes como um fardo, não como pessoas que um dia fizeram de tudo pelos seus filhos.
No Japão e na China o idoso é visto como sinônimo de sabedoria. Não se faz nada , sem consultar uma pessoa mais velha. Eles até comemoram o Dia do Idoso com solenidades e festas, além de orarem para que os esses tenham uma vida longa.
Numa sociedade como a nossa que desvaloriza as tradições, que tem a lógica do mercado, do descartável, da falta de respeito ,ao passado, tudo que é velho, não interessa.
Mas sabemos pela experiência da vida que o novo floresce do que já foi velho. A novidade é um broto que irrompe do tronco do passado, suas raízes estão fincadas no solo da tradição humana, das experiências de nossos antepassados. Tudo que é novo, floresce do velho, em todas as tradições , em toda a história da raça humana!!!.
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