sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A ARTE DA CIGARRA!!!



Ao levantar-me pela manhã, meus ouvidos se depararam com um som que há muitos anos não escutava: O canto de uma cigarra. Imediatamente me veio a memória meus tempos de infância, onde era comum  ouvir cigarras cantando.A casa em que eu morava era maravilhosa sob, meu ponto de vista, porque tinha muitas árvores, muito mato, muitos bichos.
A cigarra canta anunciando a primavera.Seu canto além de servir as conquistas do amor, também permite que seus predadores não se aproximem. Para tudo há sentidos.
É clássica a fábula da cigarra e da formiga. Nela o autor tenta passar a idéia de que o comportamento mais importante é o trabalho, é o esforço, é o prover-se para o futuro. A formiga é a grande heroína da fábula. Para a cigarra, resta o ostracismo a certeza de que foi imprudente e que por isso merecia o pior destino.
Essa sem dúvida é a ideologia do capitalismo básico, ou seja valorizar apenas o trabalho produtivo. Afinal, sob outro olhar, a cigarra também trabalhou... cantando. Mas esse trabalho não era produtivo, não gerava uma mercadoria para ser trocada,comercializada.
Por isso , a rejeição, a idéia de que a cigarra teria sido imprudente.
Infelizmente ainda há pessoas que pensam assim, acreditando que o mais importante é o trabalho o acúmulo de bens , o consumismo.
Há pouco tempo para apreciar uma bela música, uma poesia. O canto da cigarra se dissipa no borbulhar da correria do dia a dia.
Na fábula , a cigarra pede ajuda a formiga, não a explora. Poderia tentar conscientizar a formiga, que enquanto esta trabalhava, o canto da cigarra tinha aliviado suas dores, inspirado seu labor, atenuado e dissipado as angustias  Mas o moralismo da fábula não permite compaixão, no máximo assistencialismo.
Não há solidariedade para quem nãp conseguiu acumular dinheiro, bens, ser rico.
Quero abrir mues ouvidos, meus olhos meus sentidos para apreciar o lado belo e poético da vida, sem me importar apenas com o lado material. Nem só cigarra, pois esta também poderia ter sido mais equilibrada, além de apenas cantar e não só formiga, não ficar apenas focada no trabalho. Viver o equilíbrio da vida nos torna mais humanos.








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Um comentário:

jorgil disse...

Os "formigas" amontuam nos bancos, são escravos do seu egoísmo, não dão nada a ninguém, enquanto a cigarra dá tudo o que tem, o seu canto!