terça-feira, 22 de setembro de 2009

PIRÃMIDES MAIAS SERVIAM DE 'INSTRUMENTO MUSICAL"


A descoberta da "música" de pingos de chuva em outra pirâmide sugere que, no mínimo, algumas das pirâmides no México foram deliberadamente edificadas com esta finalidade. Algumas das estruturas consistem em uma combinação de degraus e plataformas, enquanto em outras construções, como a de El Castillo, assemelham-se às pirâmides egípcias, com degraus semelhantes.
Pesquisadores encontraram familiaridade com os sons de pingos de chuva feitos a partir de passos na escada de El Castillo --uma pirâmide oca na península de Yucatán. Mas por que os degraus soam como isso e se o efeito era intencional são questões que permaneceram incertas.
Para investigar além disso, Jorge Cruz, da Escola Profissional de Engenharias Mecânica e Elétrica na Cidade do México, e Nico Declercq, do Instituto de Tecnologia da Georgia, compararam a frequência de sons feita pelas pessoas que subiram os degraus do El Castillo com aqueles que fizeram na sólida Pirâmide da Lua, em Teotihuacan, região central do México.
Em cada pirâmide, eles mensuraram os sons que ouviram próximos à base, quando um estudante subia o mais alto possível. Notavelmente, barulhos similares de pingo de chuva, com frequência semelhantes, foram registrados em ambas as pirâmides, sugerindo que, em vez do fato de El Castillo ser vazia, o barulho era provavelmente causado por ondas sonoras viajando entre os passos que batem na superfície enrugada, e que sofrem uma "quebra" (difração) --algo que, por sua vez, dão o "efeito especial" de pingos de chuva ao longo das escadas.
A pirâmide de El Castillo é o templo que se acredita ter sido dedicado ao deus-serpente Kukulcan. Mas Cruz indica que também pode ter sido um templo ao deus da chuva Chaac. Tanto em El Castillo quanto na Pirâmide da Lua é possível se deparar com uma máscara de Chaac. "Com alguma imaginação, as pirâmides mexicanas podem ser tidas como instrumentos musicais que remontam à civilização maia", observa Cruz, embora não haja evidência direta de que os maias realmente tinham este objetivo.
Francisco Estrada-Belli, um arqueólogo da Universidade de Boston, Massachusetts, afirma que "a maioria, se não todas, das pirâmides maias eram concebidas como montanhas sagradas, lugares onde as nuvens de chuva se recolhiam e se criavam". No entanto, embora a acústica pode ter enfatizado a metáfora da água, "o fato de que havia ecos em torno delas não significa que elas foram instrumentos musicais", diz ele, acrescentando que os textos maias não mencionam este uso.

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