Como a vida passa rápida!! Ainda me lembro de quando criança
gostava de brincar no quintal de minha casa,num grande barranco que havia ali,
e ficava manhãs inteiras entretido em meus devaneios.
Ou ainda jovem, aquela idéia de mudar o mundo, de ser a
diferença, de acreditar sempre....
Tudo foi passando. Mas muitas coisas deixaram cicatrizes
profundas, marcas que até hoje são sentidas na alma.
Penso que conseguimos perdoar as pessoas, mas nunca esquecemos
aquilo que nos fazem de mal. É como uma cicatriz mesmo. Ela não dói , mas para
sempre fica exposto a marca do sofrimento.
Isso me faz lembrar de um filme lindo que assisti.
Chamava-se Forrest Gamp, o Contador de Histórias. No filme, há uma bela jovem ,
namorada de Forrest que sofreu muito nas mãos do pai na infância. Parece que
sua vida foi uma extensão daqueles momentos infelizes.
Depois de muitos anos , reencontra Forrrest e vão passeando
pela cidade, até que chegam próximo da casa que ela morara na infância .
Subitamente, a jovem começa a pegar pedras no chão e jogar
furiosamente contra a casa... E jogando as pedras, amargurada começa a chorar...
até que em determinado momento ela se queda ao chão em prantos. Então Forrest
fala “ As vezes, não há pedras suficientes”
A metáfora cabe muito bem em nossa vida. Passamos pela
existência, deixamos nossas marcas, mas somos marcados.... E essas
cicatrizes as vezes ficam latentes em nós....
E muitas vezes não há pedras suficientes para lançarmos em
nossas más lembranças, em nosso sofrimento.....
Na forma como creio, entendo que Deus, essa Energia de Amor
que perspassa o mundo, não quer que fiquemos prostrados ao chão, sem pedras
para lançar.... Aliás nem precisamos jogar pedras, pois seu Amor para conosco
cicatriza qualquer ferida.
Muitas vezes precisamos de uma cura não no
corpo, mas em nosso íntimo, em nossa alma
Um comentário:
Belíssimo post e concordo em gênero e número com sua conclusão onde reescrevo aqui bem assim: "Muitas vezes precisamos de uma cura não no corpo, mas em nosso íntimo, em nossa alma"
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