quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O AMOR QUE ADOECE!!!






A alguns dias atrás li um texto muito interessante sobre uma tribo africana e a maneira como tratam a questão do erro, do mal. O texto dizia mais ou menos assim “ Quando alguém dentro da tribo comete um erro, uma maldade, não é punido. Antes é levado para o centro da tribo, onde todos se reúnem a sua volta. Ali, começam a recitar todos os atos bons que a pessoa fez em sua vida, procurando dar valor as atitudes boas, minimizando o sentimento de culpa pelo erro cometido”
Pode parecer ingenuidade, ou até  ser simplista em relação a personalidade humana, mas há várias percepções sobre o que realmente é o ser humano.
Na visão ocidental o mal é muito bem definido. Sua relação em oposição ao bem é deixada bastante clara. O mal é mal e pronto.
No filme “ Kiriku e a feiticeira, temos uma proposta de visão diferente, mais abrangente. No filme o menino Kiriku é muito pequeno, mas tem uma visão grandiosa sobre os problemas humanos. Percebe que sua tribo tem problemas, causados pelo medo de uma poderosa feiticeira. Mas percebe também que a feiticeira é mau por algum motivo. Ela não nasceu mau, se tornou mau.
Chico Xavier tem uma frase grandiosa “ O ódio é o amor que adoeceu!!!
Colocando o ódio como um dos sintomas do mal, podemos ampliar a visão do conceito acreditando que o mal é um amor que está gravemente enfermo.
Na visão ocidental, precisamos destruir o mal, extirpá-lo do mundo, mas não seria o caso de tratar o amor , de curar feridas, de procurar a causa dos erros para transmutar o mal?
Penso que precisamos repensar conceitos, ampliar nossa percepção do ser humano e de seus desafios, buscar o autoconhecimento, desenvolver a competência da compreensão do outro, dos problemas e situações que tornam uma pessoa quem ela  é
A psicanálise e outras teorias psicológicas insistem no fato de que o ser humano é um ser doente, controlado por seu id, por forças primitivas que o tornam um ser neurótico.
Mas há também outras visões. Pensadores como Carl Rogers acreditam que acima de tudo o ser humano é positivo, tende para o bem. Precisamos aprender a ter outros olhares.
Não sejamos ingênuos, sabemos que existem psicopatas, pessoas realmente perigosas, mas são produtos de doenças mentais degenerativas do cérebro, ou até mesmo desvios de personalidade. Mas são poucos. 

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