Há alguns momentos em que admiro a capacidade do ser humano. Se observarmos nosso mundo como era há algumas centenas de anos e como evoluiu em termos tecnológicos é algo realmente impressionante.
Hoje temos a capacidade de clonar animais, manipular genes, aumentar a expectativa de vida das pessoas.
Temos tablets, notebooks computadores de última geração, onde conseguimos uma interação e uma facilidade de vida muito grande.
A cada dia surgem novas descobertas: parece não haver fronteiras para o conhecimento e a tecnologia.
No entanto, há o outro lado. Centenas de anos se passaram e continuamos pensando como na Idade Média. O paradigma religioso ainda tem uma força muito grande dentro da sociedade, principalmente em países em desenvolvimento. Tal visão de mundo muitas vezes apequena o ser humano, no sentido de limitar sua expressão vital transferindo tudo para um mundo espiritual, para valores religiosos.
Não que seja contra a religião. Mas ao invés de sistemas religiosos prefiro a espiritualidade, que é muito mais ampla e oferece uma percepção mais horizontal da vida!
Há ainda a visão linear do mundo. Uma visão que vê tudo como um encadeamento de fatos, de causa e efeito de lógica, de sistemas mecanizados, que tratam o homem como uma máquina retirando deste sua condição humana.
Grandeza e obtusidade caminhando juntas. O concavo e o convexo, como metades de um mesmo todo, como expressões que se completam.
Talvez consigamos mais a frente, nos desvencilhar de muitos preconceitos, de muitas limitações de pensamento, mas será que não estamos fadados a sempre carregar essa sombra , essa negação de nosso ser e de nossa civilização?
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