Há alguns dias atrás li a reportagem sobre um flanelinha que
tinha sido preso há alguns anos por ter recebido uma cédula de R$20..
falsa e a passou adiante. No julgamento o menor alegou que não sabia que a nota
era falsa. Ficou 8 anos preso
Semana passada também saiu na mídia o caso de uma senhora de
mais de 50 anos acusada de plantar maconha em sua casa. Eram mais de 40 pés da
erva. A senhora alegou inocência, dizendo que acreditava que eram pés de
tomate. Foi presa.
São casos difíceis de analisar. E se de fato o jovem, ainda
adolescente estivesse dizendo a verdade. Quem já não foi vítima de uma nota
falsa e não percebeu? É possível passar uma nota falsa sem se perceber.
Quanto a senhora que “supostamente” plantou maconha em seu quintal....
Será que realmente ela não estaria dizendo a verdade ao informar a polícia que
havia confundido com pés de tomate? Pode parecer ingenuidade de minha parte,
mas já vi pessoas que confundiram pés de maconha com folhas de mandioca ( são
realmente parecidas0. E olhe que a pessoa em questão era ainda jovem e bem
informada.
A reflexão que quero deixar é que a lei antes de punir, deve
promover a justiça. Deve procurar primeiramente oferecer a pessoa acusada o
direito de estar dizendo a verdade e poder provar isso. É claro que em
circunstâncias descritas acima, devido a classe social em que estão inseridas
as vítimas, isso é muito mais difícil. A lei favorece o mais rico, a classe
social privilegiada que tem condições de pagar bons advogados.
No jeito que está, centenas de pessoas podem ser acusadas de crimes que simplesmente não cometeram, ou mesmo que não tinham intenção de
cometer. Certo que a lei especifica que o fato de a pessoa não conhecer as
regras não a exime de estar errada, mas precisamos buscar uma lei que acima de
tudo promova a justiça e não simplesmente seja um mero instrumento de
punição!!!
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